Hoje, os discípulos, seduzidos pela pessoa de Jesus enquanto orava, pedem-lhe uma instrução sobre como orar: O “Pai Nosso” é a resposta a essa solicitação. É uma oração concentrada em sete petições, cheia de sentido teológico, em contraste com a palavrearia e verborreia dos pagãos quando oram.
Para Jesus, orar é falar com o Pai, pelo Espírito que lhe faz exclamar: “Pai!”, a palavra mais meiga pronunciada por um filho. As três primeiras petições centram-se em Deus: Seu reino, sua santidade, sua vontade.
As outras quatro estão dirigidas ao homem e as suas necessidades: Pão, perdão, força contra a tentação e o Maligno. Nós, filhos no Filho, centramo-nos também em Deus lhe expressando confiadamente nossas necessidades.
O Senhor nos lembra que o Pai está constantemente solícito da nossa vida e que, a todo o momento, sabe o que precisamos antes de lhe pedir (Mt 6,8). Vivemos com essa confiança? Estou ciente de que o Pai está constantemente lavando meus pés e que ele sabe melhor do que ninguém o que eu preciso o tempo todo (em grandes e pequenas coisas)?
Jesus nos abre um novo horizonte de oração: A oração de quem se dirige a Deus com a consciência de um filho. O tipo de relação que tenho com uma pessoa determina a maneira na que pedimos as coisas, e também aquilo que posso esperar dela.
De um pai, e especialmente do Pai celestial, eu posso esperar tudo e sei que ele cuida da minha vida. Por isso Jesus, que vive sempre como um autêntico filho, nos diz “não fiquem preocupados por sua vida: o que você vai comer” (Mt 6,25). Realmente tenho esta consciência de filho? Dirijo-me a Deus com a mesma familiaridade com que o faço com meu pai ou com minha mãe?
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