quarta-feira, 2 de junho de 2021

Homília da Quarta-feira da 9ª semana do Tempo Comum.


Santa Igreja nos põe em nossa consideração pela palavra de Cristo a realidade da ressurreição e as propriedades dos corpos ressuscitados. Por conseguinte, os Evangelhos narra-nos ao encontro de Jesus com os saduceus, os que por meio de um caso hipotético distorcido apresentam-lhe uma dificuldade a respeito da ressurreição dos mortos, verdade na qual eles não acreditavam.

Os saduceus, muito voltados para as realidades presentes, rejeitam o ensinamento dos fariseus sobre a ressurreição. 

Apresentam a Jesus uma questão: na vida eterna, de quem será esposa uma mulher que ficou viúva sete vezes, e sete vezes casou novamente? Jesus esclarece que essa objeção se funda sobre uma visão errônea a respeito da vida futura. 

Primeiro, a vida após a morte dispensará a matéria: todos serão seres espirituais, como anjos de Deus, em outras palavras, participantes da vida imortal, que não necessita de reprodução.

Segundo, contrariando a crença dos saduceus, Jesus reforça o que a Bíblia ensina: Deus é Deus dos vivos, e não dos mortos. Sendo o Deus da vida, não criou ninguém para a morte, mas para a vida definitiva com ele. Aqueles que o amam não morrerão jamais.

Dizem-lhe que, se uma mulher enviuvar sete vezes, ela será a esposa de qual deles? [dos sete esposos] (Mc 12, 23). Procuram, desse jeito, ridicularizar a doutrina de Jesus. Mas, o Senhor desfaz a dificuldade expondo que, «quando ressuscitarem dos mortos, os homens e as mulheres não se casarão; serão como anjos no céu» (Mc 12,25).

Santo Agostinho descrevia a vida como eterna e amorosa comunhão: não padeceras aí limites nem estreiteza ao possuir tudo; terás tudo e teu irmão terá tudo também, porque vós, tu e ele, os convertereis em um só, e este único todo também terá a Aquele que os possua a ambos.



 

 

Pe. Edivânio José.

 

 

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