sábado, 12 de junho de 2021

Homília da Memória do Coração Imaculado de Maria Evangelho (Lc 2,41-51).


O Evangelho de hoje dá-nos uma boa mostra disso. Depois de narrarmos a cena do menino Jesus perdido e encontrado no templo, diz-nos que sua mãe guardava todas estas coisas no coração (Lc 2,51). São Gregório de Nisa comenta: Deus deixa-se contemplar pelos que têm o coração purificado

Que guarde Maria no seu coração? Desde a Encarnação até a Ascensão de Jesus ao céu, passando pelas horas amargas do Calvário, são tantas e tantas recordações meditadas e aprofundadas: a alegria da visita do anjo Gabriel manifestando-lhe o desígnio de Deus para Ela, o primeiro beijo e o primeiro abraço a Jesus recém-nascido, os primeiros passos de seu Filho na terra, ver como ia crescendo em sabedoria e em graça, a sua “cumplicidade” nas bodas de Caná, os ensinamentos de Jesus na sua pregação, a dor do salvador da cruz, a esperança no triunfo da Ressurreição.

Conforme o pensamento bíblico, o coração é o centro de toda a vida interior de uma pessoa. Em Maria, o coração corresponde ao lugar onde se realiza o encontro de Deus com ela e o encontro dela com o próximo. 

Santo Agostinho afirmava que a Virgem Maria “concebeu o Verbo de Deus antes no coração e depois na carne”. Essa intuição favoreceu o desenvolvimento de uma devoção especial ao Coração de Maria. 

Quem deu forte impulso à propagação do culto ao Imaculado Coração de Maria foi São João Eudes, em 1643. Cerca de trezentos anos mais tarde, em 1942, durante a Segunda Guerra Mundial, o papa Pio XII consagrou a Igreja e a humanidade ao Coração Imaculado de Maria. Dois anos depois, o mesmo papa Pio XII estendeu essa festividade a toda a Igreja latina.

Peçamos a Deus ter o gozo de amá-lo cada dia de um modo mais perfeito, com todo o coração, como bons filhos da Virgem.




 

Pe. Edivânio José.

 

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