"Está preso em nossas vidas, ele não pode sair. Ele jogou duro! E permanece fiel a essa atitude. Fomos escolhidos por amor e essa é a nossa identidade. ‘Eu escolhi esta religião, escolhi ...': não, tu não escolheste. Foi Ele quem te escolheu, Ele te chamou e Ele se vinculou. E esta é a nossa fé. Se não acreditamos nisto, não entendemos qual seja a mensagem de Cristo, não entendemos o Evangelho".
A medida desse amor foi estabelecida pelo próprio Mestre: “como eu amei a vocês”. Ora, nós sabemos que ele nos amou a ponto de doar a própria vida, dando-nos assim a maior prova de amor que alguém pode dar. Ao contrário do que vemos por aí, o amor de Jesus não é um amor sem compromisso e muitas vezes banalizado. Seremos amigos de Jesus se vivermos o amor. O ensinamento e o mandato são claros: devemos amar-nos como Ele mesmo nos amou. Até que ponto? Até a morte, dando tudo pelos irmãos: assim é o amor de caridade. A caridade seria a "ética divina", o amor ao estilo divino. Para nós é uma "novidade". Antes de Cristo já existiam diversos sistemas éticos (a ética aristotélica…) e jurídicos (o Direito Romano…).
Mas Deus vai mais além: destina-nos a amar tal como as Pessoas Divinas —Pai, Filho e Espírito Santo— amam-se e nos amam. Um amor que —sem anulá-los— aponta muito mais além do útil e prazerosos: é a busca do bem e da perfeição do outro. Amar é dar a vida. Sabem-no os esposos que, porque se amam, fazem uma doação recíproca da sua vida e assumem a responsabilidade de ser pais, aceitando também a abnegação e o sacrifício do seu tempo e do seu ser a favor daqueles a quem hão de cuidar, proteger, educar e formar como pessoas.
Sabem-no os missionários que dão a sua vida pelo Evangelho, com um mesmo espírito cristão de sacrifício e abnegação. E sabem-no os religiosos, sacerdotes e bispos, sabe-o todo o discípulo de Jesus que se compromete com o Salvador. A amizade torna as pessoas iguais, supera as discriminações de maior e menor. Jesus se colocou em pé de igualdade a nós, chamando-nos amigos. Na comunidade cristã ninguém deve se considerar superior aos outros, pois é uma comunidade de iguais.
Pe. Edivânio José.
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