segunda-feira, 2 de maio de 2022

HOMÍLIA da segunda-feira da 3° semana da Páscoa.

 I. Introdução

 Anuncia-lhes que o que sacia o homem é um alimento espiritual que nos permite viver eternamente (cf. Jo 6,27). Deus é o que dá esse alimento, o dá através de seu Filho. Tudo o que faz crescer a fé Nele é um alimento ao que temos que dedicar todas nossas energias.

  Então compreendemos porque o Papa nos anima a esforçar-nos para ré evangelizar nosso mundo que frequentemente não acode a Deus pelos bons motivos. Na constituição “Gaudium et Spes” (A Igreja no mundo atual”) os Padres do Concílio Vaticano II nos lembra: “só Deus, a quem Ela serve, satisfaz os desejos mais profundos do coração humano, que nunca se sacia plenamente só com alimentos terrestres".

E nós, por que ainda seguimos Jesus? O que é o que nos proporciona a Igreja? Lembremos o que disse o Concílio Vaticano II! Estamos convencidos do bem-estar que nos proporciona este alimento que podemos dar ao mundo?

II . Comentário

«A Sagrada Comunhão é para nós uma prenda eterna, de tal forma que nos assegura o céu; estes são os depósitos que o céu nos envia como garantia de que um dia será a nossa casa» (São Joao Ma Vianney)

«O pão milagrosamente multiplicado lembra-nos o milagre do maná no deserto e, indo além dele, assinala ao mesmo tempo que o verdadeiro alimento do homem é o Verbo eterno, o sentido eterno de onde viemos e na expectativa de que vivemos» (Bento XVI)

«Jesus não revela plenamente o Espírito Santo enquanto Ele próprio não for glorificado pela sua Morte e Ressurreição. No entanto, sugere-o pouco a pouco, mesmo no seu ensino às multidões, quando revela que a sua carne será alimento para a vida do mundo» (Catecismo da Igreja Católica, no 728).

  II. Atualização

• Hoje contemplamos os resultados da multiplicação dos pães,

  resultados que surpreenderam a toda aquela multidão. Eles desceram da montanha, ao dia seguinte, até beira do lago, e ficaram ali vendo Cafarnaúm.

• Ficaram ali porque não havia nenhum barco. De fato, só havia um:

 aquele que na tarde anterior havia partido sem levar Jesus.

• A pergunta é: Onde está Jesus? Os discípulos partiram sem Jesus, e, sem dúvida, Jesus não está lá. Onde está então? Felizmente, as pessoas


 podem subir nas barcas que vão chegando, e zarpam em busca do Senhor a Cafarnaúm.




domingo, 1 de maio de 2022

HOMÍLIA DO DOMINGO do 3o DA PÁSCOA

(branco, glória, creio – 3a semana do saltério) I. Introdução

Aclamai a Deus, toda a terra, cantai a glória de seu nome, rendei-lhe glória e

     louvor, aleluia! (Sl 65,1s).

 Em comunhão com a Igreja celeste, somos reunidos pelo Espírito em torno do Cordeiro imolado, que vive para sempre.

A ele glorifiquemos e demos graças, pois nos alimenta com a Palavra proclamada e o Pão partilhado.

Desafiados a responder à pergunta “vocês me amam?”, queremos nos dispor a seguir o Senhor como testemunhas da ressurreição.

 II. Comentário

Segundo os estudiosos, o capítulo 21 do Evangelho de João é um acréscimo posterior. Não podemos tomar este texto (e outros) como uma crônica

 jornalística.

O autor quer informar sobre a experiência que os apóstolos fizeram do Ressuscitado. O texto de hoje é claramente dividido em duas partes: a pesca abundante e a missão de Pedro.

O relato da pesca pode demonstrar a crise que a comunidade está passando: pesca infrutífera numa noite.

Com o amanhecer de um novo dia (alusão à nova realidade a partir da ressurreição de Jesus), os apóstolos descobrem a presença de Jesus e, a seu

 mando, conseguem grande pesca. Sem a presença do Ressuscitado, a missão da Igreja pode estar destinada ao fracasso.

O fruto da missão depende da presença e da adesão à palavra de Jesus, que

 os convida a jogar a rede. Como para os discípulos, para nós também nem sempre é fácil perceber a nova realidade da presença do Ressuscitado.


 III. Atualização

 • A partir da percepção da sua presença, nossa vida terá sentido e nossa

 missão dará resultados.

• Para conhecer e seguir fielmente o Mestre e conduzir a comunidade, é indispensável o amor.

• A pergunta a Pedro – você me ama? – hoje é dirigida a cada um de nós. O

 amor é o que nos identifica como cristãos.



 

sábado, 30 de abril de 2022

Homília do Sábado da 2° semana da Páscoa

Quando Cristo diz "não julgue", não está proibindo o exercício de nossa capacidade de discernimento, nem está dizendo que devemos aprovar tudo o que nosso irmão faz. O que Ele proíbe é atribuir uma má intenção à pessoa que age dessa maneira. Só Deus sabe o que está no coração de uma pessoa. "O homem olha às aparências, o Senhor vê o coração" (1Sm 16:7). Portanto, julgar é uma prerrogativa de Deus, uma prerrogativa que usurpamos quando julgamos nosso irmão.

 O importante no Cristianismo é o amor: "Assim como eu vos amei, amem-se uns aos outros" (Jo 13,34). Este amor é derramado em nossos corações pelo Espírito Santo (cf. Rm 5,5). Na Eucaristia, Cristo nos dá o Seu Coração como dom e assim podemos amar cada um com o Seu Coração e ser misericordiosos como o Pai Celestial é misericordioso.

Comentário

«Jesus preferiu proclamar-se e manifestar-se como Cristo com suas ações, e não com suas palavras» (Origens)

«Entre a multiplicação dos pães e o discurso eucarístico na Sinagoga de Cafarnaum, decorre a cena de Jesus Cristo caminhando sobre as águas. Um evento oportuno para introduzir a comparação entre Moisés e Jesus. O primeiro — pelo poder de Deus — dividiu as águas do mar para atravessá-lo pisando em

 terra; Jesus simplesmente caminha sobre eles. Ele é o “Eu sou”» (Bento XVI)

«Orar é sempre possível: O tempo do cristão é o de Cristo Ressuscitado, que está «conosco todos os dias» (Mt 28, 20), sejam quais forem as tempestades (31). O nosso tempo está na mão de Deus» (Catecismo da Igreja Católica, no 2.743)

III. Atualização

 • Hoje, Jesus nos desconcerta. Acostumávamos-nos a um Redentor que, disposto a atender todo tipo de indigência humana, não duvidava em

 recorrer ao seu poder divino. De fato, a ação transcorre justo após a multiplicação dos pães e peixes, a favor da multidão faminta. Agora, ao contrário, nos perturba um milagre —o fato de andar sobre as águas— que parece, à primeira vista, uma ação de cara à galeria. Mas não!, Jesus já descartara fazer uso do seu poder divino para buscar sobressair ou o benefício próprio quando, ao inicio da sua missão, rejeitou as tentações

  do Maligno.


 • Ao andar sobre as águas, Jesus Cristo está mostrando seu senhorio sobre as coisas criadas. Mas também podemos ver uma encenação do seu domínio sobre o Maligno, representado por um mar embravecido na escuridão.

• «Não tenhais medo» (Jo 6,20), dizia-lhes Jesus naquela ocasião. «Mas tende coragem! eu venci o mundo» (Jo 16,33), lhes dirá depois, no Cenáculo. Finalmente, é Jesus quem diz às mulheres na manhã da Páscoa, depois de se levantar do sepulcro: «Não tenhais medo». Nós, pelo testemunho dos Apóstolos, sabemos de sua vitória sobre os

inimigos do homem, o pecado e a morte. Por isso, hoje, suas palavras ressoam em nossos corações com força especial, porque são as palavras de Alguém que está vivo.

• As mesmas palavras que Jesus dirigia a Pedro e aos Apóstolos, as repetia João Paulo II, sucessor de Pedro, ao início do seu pontificado: «Não tenhais medo». Era um chamado para abrir o coração, a própria existência, ao Redentor, para que, com Ele, não temamos diante dos embates dos inimigos de Cristo.

• Diante à própria fragilidade para levar a bom porto as missões que o Senhor nos pede (uma vocação, um projeto apostólico, um serviço...), nos consola saber que Maria também —criatura como nós— ouviu as mesmas palavras de parte do anjo, antes de enfrentar a missão que o Senhor tinha-lhe encomendado. Aprendamos dela, acolher o convite de

Jesus a cada dia, em cada circunstância.





sexta-feira, 29 de abril de 2022

SANTA CATARINA DE SENA VIRGEM E DOUTORA DA IGREJA

HOMÍLIA DA SEXTA-FEIRA DA 2° SEMANA DA PÁSCOA

  SANTA CATARINA DE SENA

VIRGEM E DOUTORA DA IGREJA

(branco, pref. pascal ou das virgens, – ofício da memória)

 I.

Introdução

Esta é uma virgem sábia, uma das jovens prudentes, que foi ao encontro de

  Cristo com sua lâmpada acesa, aleluia!

Catarina nasceu em 1347 na Itália e lá faleceu em 1380. Aos 16 anos, foi admitida na Ordem Terceira Dominicana, conciliando a vida contemplativa com intensa atividade junto aos doentes e encarcerados.

Exerceu importante papel diplomático a favor da unidade da Igreja. Ditou inúmeras cartas, repletas de sabedoria espiritual. A seu exemplo, apliquemos nossas energias a serviço do Reino de Deus.

II.

Comentário

  Ao se deparar com a multidão que tinha fome e não havendo local nem dinheiro

 suficiente para comprar o necessário para todos, André, um dos discípulos, apresenta ao

 Mestre um rapaz que tem consigo cinco pães e dois peixinhos; a partir dessa realidade a

 grande partilha se dá.

 André, em grego, significa precisamente homem e, nesse sentido, podemos

 considerar que a resolução dos problemas e dificuldades da vida está presente ou pode ser

 suscitada do interior de cada pessoa. Ao propor que a multidão se sente, podemos perceber

 aqui dois movimentos: a perspectiva da dignidade e da organização.

 Noutras palavras, é difícil que encontremos a resolução para aquilo que nos aflige em

 meio à desorganização e ao caos. Quando nos propomos a partilhar, e é isso o que se dá aqui,

 todos passam a ter acesso ao que necessitam em abundância, ao ponto de haver sobra onde

 antes havia escassez.

 III.

Atualização

A multiplicação dos pães levou a multidão a considerar Jesus como o verdadeiro profeta, aquele que todos esperavam, desde longa data.

   

 • O fato de ter alimentado uma imensa multidão, contando apenas com cinco pães de cevada e dois peixes, revelou-se como sinal inequívoco da messianidade de Jesus.

• Daí o desejo do povo de fazê-lo rei, na esperança de que

 todos os seus problemas fossem resolvidos da mesma forma eficiente e rápida, que acabavam de presenciar. Foi grande a expectativa criada em torno dele.




quinta-feira, 28 de abril de 2022

Homília da QUINTA-FEIRA da 2° semana da Páscoa

Introdução

Ai está também nossa vida mais autêntica. Comentário

 Hoje Jesus fala de sua procedência e, também desvela-nos nosso destino. Ele

 vem de “cima”, do céu eterno, onde sempre existiu unido ao Pai e ao Espírito Santo.

   O Filho de Deus veio para nos descobrir esta maravilha, mas custa-nos

  despegarmos da terra e acordar nossa aspiração à eternidade.

Desde suas origens, o homem considerou com respeito sua morte e a vida além

 da “terra”. Mas, realmente, nós pouco sabíamos dessa “vida de cima” e de seu

 conteúdo.

 Com a encarnação do Filho de Deus se nos desvelou a verdadeira vida, a mais

 real: A vida de amizade com Deus, que é “sobrenatural” e, por isso, sem fim. Só se

 acaba o da terra.

 Quero viver, meu Deus, uma vida de amizade contigo. Concede-me entender

 as coisas como Tu as entendes e amar como Tu amas. Jesus, confio na tua Palavra.

 Hoje, o Evangelho nos convida a deixar de ser “terrenais”, a deixar de ser

 homens que só falam de coisas mundanas, para falar e mover-nos como «Aquele que

 vem do alto» (Jo 3,31), que é Jesus. Neste texto vemos —mais uma vez— que na

 radicalidade evangélica não há meio termo.

 É necessário que em todo momento e circunstância nos esforcemos por ter o

 pensamento de Deus, ambicionemos ter os mesmos sentimentos de Cristo e

 aspiremos a olhar os homens e às circunstancias da mesma forma que vemos o Verbo

 feito homem.

 Se atuarmos como «aquele que vem do alto» descobriremos uma quantidade

 de coisas positivas que acontecem continuamente ao nosso entorno, porque o amor

 de Deus é ação contínua em favor do homem. Se viermos do alto amaremos a todo o

 mundo sem exceção, sendo nossa vida um convite para fazer o mesmo.

 III.

Atualização

  «Aquele que vem do alto está acima de todos» (Jo 3,31), por isso pode servir

a cada homem e a cada mulher justamente naquilo que necessita; além

 disso, «Ele dá testemunho do que viu e ouviu, mas ninguém aceita o seu

 testemunho» (Jo 3,32). E seu serviço tem a marca da gratuidade.

  Esta atitude de servir sem esperar nada a troco, sem necessitar a resposta

do outro, cria um ambiente profundamente humano e de respeito ao livre

 alvedrio da pessoa; esta atitude se contagia e os outros se sentem

 livremente movidos a responder e atuar da mesma maneira.

  Serviço e testemunho sempre vão juntos, um e outro se identificam. Nosso

mundo tem necessidade daquilo que é autêntico: e o que é mais autêntico

 que as palavras de Deus? que mais autêntico do que quem dá o Espírito

 sem medida? «Ele dá o espírito sem medida» (Jo 3,34)

 •


 «Acreditar no Filho» quer dizer ter vida eterna, significa que o dia do Juízo

não pesa em cima do crente porque já foi julgado e com um juízo favorável;

 no entanto, «Aquele, porém, que se recusa a crer no Filho não verá a vida,

 mas a ira de Deus permanece sobre ele» (Jo 3,36)..., enquanto não acredite.



 

quarta-feira, 27 de abril de 2022

Meu Deus!

 Meu Deus, escuta o meu clamor:

- Até quando eu só vou conseguir chorar ao ficar na tua presença e depois não mudar generosamente de vida!?!

- Até quando vou mendigar eventos e grandes encontros e depois não me comprometer Contigo!?!

- Até quando, Senhor irei barganhar Contigo afim de sabotar a minha própria salvação!?!

- Até quando vou te decepcionar, meu Senhor meu Deus!?!

- Até quando vou me auto justificar, que sou fraco, permitindo do que o diabo me separe de Vós?!!

- Até quando meu Jesus, te confundirei com qualquer prazer, que me satisfaz temporariamente!?!

- Até quando permitirei que as minhas decisões me impeça de atingir os ideias que mim propus alcançar!?!




Homília da Quarta-feira da 2° semana da Páscoa

Filho único para que todos tenham acesso à vida plena.

Deus está profundamente comprometido com o ser humano a ponto de entregar seu

Nosso Deus não é castigador ou rancoroso, ao contrário, ele é amoroso e compassivo.

 Contudo, o texto que nos ilumina hoje deixa bem claro que a salvação ou a condenação está

 nas mãos do próprio ser humano.

São as escolhas feitas por cada pessoa e suas consequências que mostram se estamos

 caminhando sob a luz ou em plena escuridão.

 Nossas palavras podem, sim, revelar nossas opções; entretanto, são nossas atitudes

 que revelam a verdade mais profunda do nosso coração.

 Nesse sentido, fica muito claro que não somos manipulados por Deus, mas

 caminhamos com ele e temos total responsabilidade sobre aquilo que fazemos.

 Cabe, sim, a nós escolher se a nossa vida será luz ou trevas, e não podemos culpar

 Deus ou outras pessoas por aquilo que é nossa responsabilidade.

 Atualização

 Os ensinamentos de Jesus ultrapassam todas as formas de obstáculos, pois a Palavra

 de Deus, luz em meio às trevas, não pode ser aprisionada.

 O Espírito Santo nos impulsione a agir conforme a verdade do Evangelho Os

 ensinamentos de Jesus ultrapassam todas as formas de obstáculos, pois a Palavra de

 Deus, luz em meio às trevas, não pode ser aprisionada.

 O Espírito Santo nos impulsione a agir conforme a verdade do Evangelho.