quarta-feira, 6 de outubro de 2021

HOMÍLIA DA QUARTA-FEIRA DA 27ª SEMANA DO TEMPO COMUM

I. INTRODUÇÃO

A oração era um elemento importante no dia-a-dia de Jesus. Os Evangelhos observam seu costume de rezar, por exemplo, nos momentos-chaves de seu ministério, quando deveria dar passos decisivos.

II. COMENTÁRIO

Vendo o seu Mestre rezar, os discípulos interessaram-se também pela prática da oração. O testemunho de Jesus impele-os a pedir-lhe orientações a respeito do modo mais conveniente de buscar a intimidade com Deus. Foi a prática de Jesus, e não uma bela teoria sobre a oração, que motivou os discípulos.

A oração ensinada pelo Mestre deveria ter como efeito inculcar, nos seus seguidores uma série de atitudes. Em relação ao Pai: o esforço para santificar-lhe o nome, ou seja, superar toda idolatria e pôr em prática as exigências do Reino, de modo que a história humana fosse regida pela vontade divina. 

Em relação ao próximo: criar o sentido da partilha fraterna dos bens, superando a tentação de reter tudo para si; viver o perdão e a reconciliação, sem dar lugar ao ódio e à violência; não se deixar levar pelas sugestões do espírito mau, cuja ação principal consiste em desviar o ser humano da vontade de Deus.

Por conseguinte, a oração cristã é um caminho de compromisso e comunhão, um projeto de vida. Ela consiste na busca de conformação da própria vida com o querer divino.

 

Oração

Ó Deus eterno e todo-poderoso, que nos concedeis, no vosso imenso amor de Pai, mais do que merecemos e pedimos, derramai sobre nós a nossa misericórdia, perdoando o que nos pesa na consciência e dando-nos mais do que ousamos pedir. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.




 

Pe. Edivânio Jos.

terça-feira, 5 de outubro de 2021

HOMÍLIA DA TERÇA-FEIRA DO 27ª SEMANA DO TEMPO COMUM


I. INTRODUÇÃO

Hoje, como em cada dia, podemos aprender do Evangelho. Jesus, convidado na casa de Betânia, dá-nos uma lição de humanidade: Ele, que amava as pessoas, deixa-se amar, porque as duas coisas são importantes. Rejeitar as demonstrações de afeto, de Deus e dos outros, seria um erro grave, de consequências nefastas para a santidade.

II. COMENTÁRIO

Marta ou Maria? Mas..., por quê confrontar aqueles que tanto se queriam, e que tanto queriam a Deus? Jesus amava Marta e Maria, e o seu irmão Lázaro, e ama-nos a cada um de nós.

No caminho da santidade não há duas almas iguais. Todos procuramos amar a Deus, mas com um estilo e personalidade próprios, sem imitar ninguém. O nosso modelo está em Cristo e na Virgem. Incomoda-nos a maneira como os outros se relacionam com Deus? Tentemos aprender da sua piedade pessoal.

«Senhor, não te importas que minha irmã me deixe sozinha no serviço? Manda, pois, que ela me venha ajudar!» (Lc 10,40). Servir os outros, por amor a Deus, é uma honra, não uma carga. Servimos com alegria, como a Virgem a sua prima Santa Isabel ou nas bodas de Caná, ou como Jesus, no lava-pés na Última Ceia?

III. ATUALIZAÇÃO
• «Marta, Marta, preocupas-te e andas agitada com muitas coisas. No entanto, uma só é necessária» (Lc10,41-42). 
• Não percamos a paz, nem o bom humor. E para isso, cuidemos a presença de Deus. «Ficai a saber.
• Escondido nas situações mais comuns há um quê de santo, de divino, que toca a cada um de vós descobrir (…); ou sabemos encontrar Nosso Senhor na nossa vida corrente ou nunca O encontraremos» (São Josemaria).

Oração

Ó amigo Jesus, no teu caminho rumo a Jerusalém, não deixas de visitar pessoas amigas. Recebes os cuidados caseiros de Marta e o tempo de qualidade de Maria, que, sentada a teus pés, escuta tua Palavra. Dá-nos sabedoria para, em qualquer circunstância, escolhermos a melhor parte. Amém



 

Pe. Edivânio José.

segunda-feira, 4 de outubro de 2021

HOMÍLIA DA SEGUNDA-FEIRA, FESTA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS RELIGIOSO E PATRONO DA ECOLOGIA I.

I. INTRODUÇÃO

Francisco de Assis, homem de Deus, deixou sua casa e sua herança e se fez pobre e desvalido. O Senhor, porém, o acolheu com amor.

Francisco nasceu na Itália em 1182 e lá faleceu em 1226. Uma versão da antífona da entrada nos oferece bela síntese da vida deste santo humilde, pobre, alegre e caridoso: “Francisco, homem de Deus, deixou sua casa e sua herança e se fez pequeno e pobre. O Senhor, porém, o acolheu para o seu serviço”. Cultivemos um coração franciscano, inteiramente voltado para a bondade, a beleza e a preservação da natureza.

II. COMENTÁRIO

Um especialista em Lei quer pôr Jesus à prova com sua pergunta. Pôr à prova, aqui, pode significar duas coisas: primeira, apanhar Jesus na resposta; segunda, ganhá-lo para a classe rica.

A pergunta é sobre a vida eterna. Os que não querem se comprometer com o irmão necessitado falam habitualmente da vida eterna. Jesus o puxa para a realidade desta vida. 

E, ao contar a parábola do bom samaritano, força o especialista em Lei a dar a resposta justa: o próximo do homem machucado é quem o acode, usando de misericórdia. Diante da vítima, o samaritano não faz nenhuma pergunta; entra logo em ação. 

III. ATUALIZAÇÃO
• Não se deixa paralisar por nenhum tipo de preconceito ou obstáculo.
• Nacionalidade, religião, ocupações urgentes. Jesus não teve muito trabalho com o doutor da Lei e foi direto ao ponto.
• “Vá, e faça você também a mesma coisa”.

Oração

Ó Mestre e Senhor, narras com maestria a encantadora parábola de um samaritano que trata com misericórdia o desconhecido que fora vítima de assaltantes. Ensinamento oportuno, de clareza incomparável. Move-nos, Senhor, a praticar, dia a dia, tua mensagem de amor e solidariedade. Amém.




 

Pe. Edivânio José.

domingo, 3 de outubro de 2021

HOMÍLIA DO 27º DOMINGO DO TEMPO COMUM- ANO B

I. INTRODUÇÃO

As leituras do 27º Domingo do Tempo Comum apresentam, como tema principal, o projeto ideal de Deus para o homem e para a mulher.

Formar uma comunidade de amor, estável e indissolúvel, que os ajude mutuamente a realizarem-se e a serem felizes. Esse amor, feito doação e entrega, será para o mundo um reflexo do amor de Deus.

II. COMENTÁRIOS

1ª LEITURA

A primeira leitura diz-nos que Deus criou o homem e a mulher para se completarem, para se ajudarem, para se amarem.

Unidos pelo amor, o homem e a mulher formarão "uma só carne". Ser "uma só carne" implica viverem em comunhão total um com o outro, dando-se um ao outro, partilhando a vida um com o outro, unidos por um amor que é mais forte do que qualquer outro vínculo.

2ª LEITURA

A segunda leitura lembra-nos a "qualidade" do amor de Deus pelos homens... Deus amou de tal forma os homens que enviou ao mundo o seu Filho único "em proveito de todos". 

Jesus, o Filho, solidarizou-Se com os homens, partilhou a debilidade dos homens e, cumprindo o projeto do Pai, aceitou morrer na cruz para dizer aos homens que a vida verdadeira está no amor que se dá até às últimas consequências. 

Ligando o texto da Carta aos Hebreus com o tema principal da liturgia deste domingo, podemos dizer que o casal cristão deve testemunhar, com a sua doação sem limites e com a sua entrega total, o amor de Deus pela humanidade.

EVANGELHO

No Evangelho, Jesus, confrontado com a Lei judaica do divórcio, reafirma o projeto ideal de Deus para o homem e para a mulher: eles foram chamados a formar uma comunidade estável e indissolúvel de amor, de partilha e de doação. 

A separação não está prevista no projeto ideal de Deus, pois Deus não considera um amor que não seja total e duradouro. 

Só o amor eterno, expresso num compromisso indissolúvel, respeita o projeto primordial de Deus para o homem e para a mulher.




 

Pe. Edivânio José.

 

sábado, 2 de outubro de 2021

HOMÍLIA DO SÁBADO-- SANTOS ANJOS DA GUARDA


I. 
INTRODUÇÃO

Anjos todos do Senhor, bendizei o Senhor; cantai a sua glória, louvai-o eternamente (Dn 3,58).

Em comunhão com toda a Igreja que caminha neste mundo, veneramos os anjos e louvamos a Deus, que nos concede experimentar a proteção deles até que “o Filho do Homem venha em sua glória, e todos os seus anjos com ele” (Mt 25,31). Sejamos, também nós, anjos protetores na vida do próximo.

II. COMENTÁRIO

O Antigo e o Novo Testamento fala com frequência sobre o papel dos anjos: são mensageiros de Deus e se manifestam nas situações concretas das pessoas: “Vou enviar um mensageiro à sua frente, para que cuide de você no caminho […]. Respeite-o e obedeça à voz dele. 

Não se revolte, porque ele leva o meu nome” (Ex 23,20-21). A Igreja ensina que Deus destinou a cada pessoa um anjo que a proteja e acompanhe ao longo da vida. Eis o que diz o Catecismo da Igreja Católica (n. 334): “A vida da Igreja se beneficia da ajuda misteriosa e poderosa dos anjos” (cf. At 5,18-20; 8,26-28; 10,3-8; 12,6-11; 27,23-25). 

O culto aos anjos da guarda estava primeiramente ligado ao de São Miguel. A partir do século XVI, passa a figurar como festa própria em muitas igrejas. No calendário romano essa celebração foi introduzida em 1615.

 

Oração

Ó Jesus, divino Mestre, teu “Pai que está nos céus” providenciou anjos para nos proteger ao longo de nossa vida. São os anjos da guarda, que aprendemos a invocar com confiança desde a nossa infância. Renova, Senhor, nossa fé na presença e atuação desses teus auxiliares e nossos protetores. Amém.




 

Pe. Edivânio José.

sexta-feira, 1 de outubro de 2021

HOMÍLIA DA SEXTA-FEIRA -- SANTATERESINHA DO MENINO JESUS


I. INTRODUÇÃO

VIRGEM E DOUTORA DA IGREJA

Deus cercou-a de cuidados e a instruiu, guardou-a como a pupila dos seus olhos. Ele abriu suas asas como a águia e em cima dos seus ombros a levou. E só ele, o Senhor, foi o seu guia (Dt 32,10ss).

Teresa nasceu na França em 1873 e lá faleceu em 1897. Com 15 anos, entrou para o Carmelo. Santificou-se mediante os afazeres normais do dia a dia e se tornou mestra de vida espiritual para todos. A tuberculose abreviou-lhe a vida. A sua História de uma alma foi publicada um ano após sua morte. Foi canonizada em 1925 e declarada padroeira das missões. Com ela aprendamos a viver na humildade, certos de que esse é o caminho que Jesus propôs a seus fiéis seguidores.

II. COMENTÁRIO

No texto anterior, Jesus menciona Sodoma, a cidade pecadora, que no julgamento será tratada com menos rigor do que outras cidades que rejeitam o Reino (CorazinBetsaida, Cafarnaum). 

Estas recebem de Jesus a dura ameaça reservada para casos extremos. É um enérgico apelo à conversão. 

Quem rejeita os discípulos rejeita o próprio Jesus e Deus Pai, que o envio. Recusar o dom de Deus é escolher a própria condenação, é escolher a morte, permanecendo fora da nova história e das novas relações sociais que nascem do projeto de Deus.

III. ATUALIZAÇÃO
• Jesus visita continuamente nossas comunidades, chamando-nos à conversão mediante fatos, crises, frustrações, esperanças pessoais e coletivas. 
• Precisamos estar atentos aos sinais da visita de Jesus, a fim de não deixarmos cair em vão a graça de Deus que está passando.

 

Oração

Divino Mestre, Jesus Cristo, fazes veemente apelo à mudança de vida. Algumas cidades, mesmo testemunhando teus milagres, não se converteram. “No dia do julgamento”, deverão responder seriamente por suas atitudes. Impulsiona-nos, Senhor, a progredir um pouquinho cada dia na vivência cristã. Amém.

 


Pe. Edivânio José.

quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Homília da Quinta-feira da 26ª semana do Tempo Comum


I. INTRODUÇÃO

Hoje Jesus nos fala da missão apostólica. Porém «escolheu outros setenta e dois e enviou-os, dois a dois» (Lc 10,1), a proclamação do Evangelho é uma tarefa «que não pode ser delegada a uns poucos especialistas» João Paulo II: todos estamos chamados a essa tarefa e, todos vamos sentirmos responsáveis dela. Cada um desde seu lugar e condição. 

II. COMENTÁRIO

O dia do Batismo nos disseram: «Sois Sacerdote, Profeta e Rei para a vida eterna». Hoje mais que nunca, nosso mundo precisa do testemunho dos seguidores de Cristo.

«A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos» (Lc 10,2): É interessante esse sentido positivo da missão, pois o texto não diz: «Há muito para semear e poucos trabalhadores». Tal vez, hoje teríamos que falar desse jeito, pelo grande desconhecimento de Jesus Cristo e sua Igreja em nossa sociedade. Um olhar esperançado da missão gera otimismo e ilusão. Não nos deixemos abater pela desilusão e a desesperança.

No início, a missão que nos espera é, ao mesmo tempo, apaixonante e difícil. O anúncio da Verdade e da Vida, nossa missão, não pode nem deve pretender forçar a adesão, pelo contrário, deve suscitar uma livre adesão. As ideias, devem se propor e não impor, nos lembra o Papa.

«Não leveis bolsa, nem sacola, nem sandálias...» (Lc10,4): a única força do missionário deve ser Cristo. E para que ele encha sua vida, é preciso que o evangelizador se esvazie de tudo aquilo que não é Cristo. A pobreza evangélica é um requisito importante e, ao mesmo tempo, o testemunho mais crível que o apóstolo pode dar, além de que só esse desprendimento nos fará livres.

III. ATUALIZAÇÃO
• O missionário anuncia a paz. É portador de paz, porque leva a Cristo, o Príncipe da Paz. Por isso, «Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro.
• A paz esteja nesta casa! Se ali morar um amigo da paz, a vossa paz repousará sobre ele; senão, ela retornará a vós» (Lc 10,5-6). 
• Nosso mundo, nossas famílias, nosso Eu pessoal, têm necessidade de Paz. Nossa missão é urgente e apaixonante.



 

Pe. Edivânio José.